Morador da cidade de Campinas, depois de ouvir o primeiro disco do Made in Brazil (aquele com a capa da banana) passei a frequentar lojas de discos, sebos, trocar informações com quem quer que fosse sobre música (em uma época pré internet) e a estudar cada vez mais profundamente bandas, gêneros e histórias.
Fiz minha primeira viagem internacional a Inglaterra em 2000, estive em Liverpool seguindo os passos dos Beatles. Dividindo um quarto de albergue com Nigerianos fui apresentado a música Africana de Fela Kuti e ao afrobeat.
Em uma temporada morando em Salvador segui os passos de Rauzito, conheci Itapuã a praia que encantou Vinicius de Moraes, as ruas estreitas do Pelourinho e as batidas que Baden Powel transformou nos Afro-sambas.
Estive no calçadão de Ipanema lendo a história da Bossa Nova e tentando ver João Gilberto no Copacabana Palace. Passei a me aproximar do Jazz.
Foram incontáveis as andanças pela Galeria do Rock em SP.
Estive em Chicago e conheci a gravadora Chess, andei entre as ruas Maxwell St & Halsted onde o Blues era tocado nos anos 30-40.
Com minha esposa estive em Washington onde alugamos um porão por 10 dias, estivemos presentes na inauguração do Museu AfroAmericano e assistimos a shows incríveis.
Em Seattle conhecemos todos os pontos importantes do movimento grunge que eu tanto curti nos anos 90 e uma exposição maravilhosa sobre Jimi Hendrix.
Com um quarto alugado em um Pub de 1860 voltamos a Inglaterra visitando lugares icônicos da música seguindo os rastros de Beatles, Stones, David Bowie, Who, John Mayall e o Blues Ingles...
Em New Orleans estivemos na Congo Square onde o Jazz começou a florecer, fomos ouvir o blues rural e o Cajun na beira do Rio Mississippi.
Nestes 20 anos de andanças estivemos em mais de 10 países, percorrendo lojas fantásticas de discos, assistindo shows em lugares como a Sala São Paulo, o Buddy Guy Lengend, BLUES, Kingston Mines, Royal Albert Hall, Teatro Apolo e festivais como o Freedom Sound, Juntatribo e Fringe Festival.
Organizamos mostras como “A Arte da Capa”, sobre capas de discos, e “Do Samba ao Soul”, sobre a história da música brasileira, "All we need is Coffee" exposição em uma cafeteria sobre os Beatles, "Spectro Jazz - Coleção Zeca Leal" abrindo para venda a emplemática coleção de Zeca Leal, participamos do financiamento coletivo para viabilizar o lançamento do livro "1979 O Ano que Ressignificou a MPB" de Célio Albuquerque.
A Spectro começa quando adquiri um grande lote de CDs em 2018. Juntando mais algum material do cumpadi David Cappelini (que a décadas me apresenta todas as facetas do ProgRock) e com o trabalho do brother e designer gráfico Fernando Fragoso entramos no ar.
A Spectro se torna também um Selo em 2021 com o lançamento do Disco "Delirium" de Ricardo Margadona e Rebecca Riss em parceria com o selo PsicoBR.
Desta forma seguimos preservando a musica passado e incentivando a musica do presente.